Violinos de dezembro

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 19 de Abril de 2023 ás 21h 57min

Rosi neves

 


Flores.

Flores dos verdes campos.
Que flore no meu olhar.
Vem derramando o teu perfume 
Nas ondas perdidas do mar.


Vai abrindo suas pétalas
Em cada magia do luar
Enfeitiçando, a infância. 
Atrás do mundo à sonhar.

Olha estes campos, banhado de flores. 
É um jardim celestial.
Com teus rumores perdidos 
Num sonho longe, medieval. 

 

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Dorme!


Dorme, o sono preguiçoso.
Nos sonhos do mar.
Dorme, à mais dengosa. 
Sobre as plumas do luar.


Lá também dorme!
O silêncio do mar!
Entre curvas de pensamentos, 
Dorme a inocência do teu olhar. 


Dormem, todos os feiticeiros,
Numa magia lunar.
Neste sono profundo.
Dorme, as lágrimas do teu olhar. 

 

 

 

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Muito longe.


Muito além, longe nas flores,
No sono, profundo do mar.
Em sonhos eternos de amores.
Dorme, a insônia de um olhar. 


Muito além, longe no mar. 
Eu te vi navegar na ilusão, 
Deixando pelo caminho.
Um rastro, de constelação. 


Muito além longe nos sonhos,
Gotas de oceanos vem serenar
Nas pontas dos meus dedos.
Que desenha este luar.

 

 


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Amantes da solidão. 


Amantes da solidão. 
Que dorme, junto do mar.
É um marinheiro perdido.
No sono do meu olhar.


Ele, é um sonho distante.
Que o mar, levou sem querer.
Além deste luar em sonhos.
Eu te vejo padecer.


E o mar é tão longe!
O mar, fala de amor.
De um amor, tão intenso 
Que acalma, a minha dor.


Nasci, desse olhar!
Amante da solidão. 
Me afogo, nessa tristeza.
Neste amor de ilusão. 

 

 

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Canção desfalecida.


Desfaleceu o teu olhar,
No meio da vastidão. 
Sobre o sono do mar
Uma insônia, uma ilusão. 


E lá desfalecida!
Quase morta ao chão. 
Dorme profundamente
O sono da ilusão. 


Ó canção desfalecida. 
Desfaleceu o meu olhar,
Que dormia junto aos anjos.
Nas caladas do luar.

 


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Olhar.


Ontem, vi os teus olhos tristes,
Que navegavam longe no mar.
À mais medonha, das tristezas,
Nas caladas ao luar!


Tristes olhos de mel!
Que me fazem sonhar!
Sonhava com o céu. 
Cheio de luar.


Teus olhos eram tristes,
Não tinha o brilho estrelar.
Chorava de sonho, em sonho,
Cada gota, formava um mar.


Triste, triste, triste!
É o céu, do teu olhar.
Por tantos mares passei.
Pra não ver teu rosto chorar.

 

Entristecia este entardecer,
Que cobria este mar.
Com tua âncora à bordo.
Pintava, um navio no meu olhar.

 

 

 

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Poemas.


Navio. 


Navegaram, pelos meus olhos,
Numa pluma, ao luar.
O navio do feiticeiro.
Que pairava ao luar.


Por tantos mares passaram.
O azul do teu olhar.
Que afogava- se, em mistério.
Em cada esquina do mar.


A lua misteriosa, dançava longe…
Numa cerimónia outonal . 
Derramava, estrelas no céu. 
Num encanto celestial. 

 

 

 

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Da solidão. 


Não espere, que te- leves flores,
No dia do teu sepulcro. 
Pois, será muito triste!
Não espere, que me- trances os cabelos,
Numa noite de luar.
Pois terás, um choro, uma angústia 
Pelos céus.


Meus pensamentos apreensivos,
Em cada esquina!
Em busca da lua, que demora,
À esperar os meus olhos,
Na solidão. 


É por isto, que eu digo: 
Não espere, que  me-  leve flores,
No dia do meu sepulcro, 
Pois terás, um dilúvio de lágrimas,
Negras pelos céus. 

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Quem será.

Quem me- dera fosse uma flor!
Debruçada, sobre um jardim.
Neste vale de esplendor.
Adormecida sobre um capim.


Quem me- dera fosse um sonho!
Um poema, desenhado num papel.
Esparramada  pelo mundo.
Como estrelas no céu. 


Como gotículas de oceanos,
Caindo, neste olhar
Que lê este poema.
Neste jardim ao luar.


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Nas curvas do amanhecer. 


Não, não passarás pelos mares
Pois lá há escuridão.
Passarás, nas curvas do amanhecer 
Onde não há solidão. 


Não! Não, esqueça da despedida!
Que eu fiz em alto mar.
Onde as ondas beijavam os pés. 
Do eterno luar.


Teu choro reclama, suplica!
Não! Não se- faz despedida!
Não aparta- se deste mundo.
Ó eterna lua , querida!


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Botão de rosa.

Ó botão de rosa!
Que guisa no meu olhar!
Guisa também os dele!
Que está em alto mar!


Ó rosa em botão!
Tuas pétalas perdidas no mar.
Vai deixando um rio de perfumes
Caminhos, que vão ao luar.


Tristes orvalhos, eu vi,
Cair nesta rosa divina.
Está rosa em botão. 
Perdida nas mãos da menina.


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Mar calado.

Era calado o mar!
Ao ver, a lua no céu!
Triste era o teu olhar.
Sobre as lágrimas há um papel. 


Ó mar calado!
 Em tuas ondas, há um olhar!
Que afoga-se, em choro profundo.
Numa tristeza há sonhar !


Quero ver o mar!
Numa insônia em pensamento.
Numa constelação distante. 
Poemas desfeitos no vento.


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Prado constante.


Em prado constante,
Eu via o teu olhar!
Que viajava pelo céu. 
Nas colinas ao luar.

Se meus sonhos, prado!
Numa outra galáxia outonal.
Eu veria os teus olhos.
Num sonho medieval. 

Entre contos de fadas.
Num sonho ao luar.
Vai desenhando um poema 
Rastros de amor, pelo mar.


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ROSI NEVES 

 

 

 

Comentários

Uau, impossível dizer qual o mais lindo, me perdi neste seu lirismo embriagante, emocionante. parabéns.

Edbento | 20/04/2023 ás 09:04 Responder Comentários

Obrigado amigo!

Rosi Neves | 22/04/2023 ás 16:49
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