Vidinha monótona!
Há esta vidinha que levas
Entre quintais e quintas-feiras
Finais de semanas
E semanas inteiras
Ostentando vossas bandeiras
Inerte entre nossas fronteiras!
Há esta vidinha travada
De casa para o trabalho
Do trabalho para academia
Passando pelo boteco
Mostrando para sociedade
Músculos e simpatia
Há esta vidinha afugenta
Nos ópios e na nicotina
Viciados em tomar dopamina
Negacionismo das placentas
Nos hormônios se regulamenta
Do passado se contamina!
Há esta vidinha monótona
Que se nega ao modernismo
Quanto tempo ainda será preciso
A saber, que a fase não é eterna
Com seus métodos alienísticos
Para alinhar-se ao futurismo!
Como aquietar-se por tão pouco
Sendo vazio, fraco, asco e oco
Fumaça que não embaça vidraça
Dorminhoco se perde na neblina
Dissipando os sonhos loucos
Quando acorda a vidinha termina!
Edbento!