Vida Minha

“Vida minha”, era assim que me chamava,
como se eu fosse abrigo,
como se o amor fosse inteiro.
Mas tudo não passou de enredo falso,
mentiras bem ensaiadas,
falsidade com sorriso nos lábios.

De alguém que eu nunca imaginei
ver partir com a verdade nas mãos
e a máscara no bolso.
De alguém que eu acreditava
mesmo quando o silêncio gritava.

Existem pessoas frias,
que calculam sentimentos como números,
que oferecem presença sem alma,
abraços sem calor,
promessas sem intenção.

Hoje, eu corro léguas desses amores vazios,
que só sabem sugar,
que não sabem ficar.
Prefiro a solidão sincera
do que a companhia que finge.

Porque aprendi,
nem todo “vida minha” é amor.
Às vezes, é só roteiro.
E eu não sou personagem de ninguém.

Silvia Santos

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