A vida nos prega peças.
E como se ater a ela
Sem ao menos nos importar?
Importar-nos com o presente, passado e futuro
De que adianta,
Se tudo está fluindo
Em constante mudança?
Mudança boa ou ruim?
Não sei lhe responder,
Sei que a vida não para,
Não para de se mexer.
Às vezes, fico confuso
Com tanta novidade,
Tantos recursos,
Mas tanta desigualdade.
(...)
Fico indignado
E começo a pensar e a escrever.
Onde vamos parar
Com esse jeito de viver?
Volto a repetir
A vida nos prega peças,
Um teatro infame
Que não perdoa nada.
Se não passar no teste,
Está fora da jornada.
Vida imbecil!
Essa não quero ter.
Se for continuar do jeito que está,
Prefiro morrer.
Morrer de fome não vou,
De sede também não.
Talvez possa morrer
Com a dor no meu coração.
(...)
Dor essa que não se explica
Mas vive para se explicar,
Vive de amor e ódio
Sem se embriagar.
Comentários
O poeta expôs com galhardia as peças que nos prega a vida! Parabéns!
Enoque Gabriel | 05/07/2022 ás 21:53 Responder Comentários