No outono o sonho voa,
no colo do vento ecoa,
o ouro do tempo entoa,
na folha solta que doa.
As águas vagas vagueiam,
as almas aladas anseiam,
os olhos o outono rodeia,
as horas, as ânsias, passeiam.
No peito feito de espuma,
o eco leve se perfuma,
e a alma, em névoa se esfuma,
voando em vaga, uma a uma.