Andava em meio à ventania

Triste, solitário, sem rumo

Sem saber o que fazer

Uma lacuna me consumia

Desconhecia o real porquê.

 

A ventania, cada vez mais forte e devastadora

Tornava minha caminhada pesarosa e lenta

Grande dilema, nenhuma esperança

Minha vida era deveras cinzenta

 

A ventania ainda hoje sopra

Mais amena, talvez

Meu peito ainda queima

Nele uma ferida se fez

 

Seu eu deixasse meu pensamento

Arrancar a mágoa aqui de dentro

A ferida, quiçá, cicatrizaria

E minh’alma vazia

Não mais ficaria

Esvairia todo tormento

 

Seus olhos castanhos

Meus sonhos encontraram

São duas doces faíscas cintilantes

Que a ventania dissiparam.

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