Um estrondo na floresta
Poemas | SINOP EM VERSOS - Categoria II – Escritores De Sinop. | Romeu DonattiPublicado em 28 de Agosto de 2024 ás 19h 27min
Um estrondo rompe o silêncio da floresta
Uma árvore ao solo tomba
Aos poucos surge uma clareira
E o nascer de um povoado assombra
A clareira na mata verde rasgada
Espanta a anta e a onça-pintada
A mata intacta, agora deflorada
Às casas e prédios cede passagem
A modernização desenfreada
Queima junto com a serragem
A fumaça densa se prolifera
Sem dó, nem distinção
Arde nos olhos sem cerimonia
Do empregado e do patrão
“Corta. Derruba. Lavra. Planta. Colhe. Destrói. Terra. Constrói. Serra. Pó. Pó-de-serra. Prospera.
O homem colhe
O rio encolhe
A mata encolhe
A vida continua...
É a força da natureza
É a força da correnteza
Do rio
Da vida
Da beleza da fauna e da flora
Da resistência do Teles Pires”
E sua redondeza
Bravos desbravadores
De uma geração pioneira
Com garra, suor e madeira
Construíram cidade inteira
Qual será sua sina,
oh, pequena menina?
O tempo desdobrou-se
E o sonho virou realidade
SINOP, pujante cidade,
É um acrônimo,
Sinônimo de prosperidade
Terra de progresso e oportunidade.
Berço no Norte imponente
SINOP, lugar de briosa gente
Uma história não se estrutura
Sem memória
Sem bravura
Desbravamento
Ruptura
Pertencimento
Cultura
Caminhos
Chegadas
Descaminhos
Partidas
Vidas partidas e repartidas
Vidas (re)construídas
Identidade de miscigenação
União e comunhão
Esforço e educação
Em SINOP se encontraram
Sonharam e edificaram
A Capital do Nortão
Em dia ensolarado
Ou noite estrelada
Na chuva do caju
Sinta a terra molhada
Caminhe pela rua perfumada
das Rosas
Cravos
Sapotis
Coqueiros
Limoeiros
Laranjeiras
Cerejeiras
A cidade pulsante vibra
Uma jovem senhora de fibra
Hospitaleira, nobre e madura
SINOP, majestosa, fulgura!