Foram-te os anos consumindo.
Descias, cambaleando pela vida.
Beleza que outrora vindo,
agora mais um pouco perdida.
Mal sozinho o corpo segura-te.
Não mais te ergues como antes.
Não vês nada adiante.
Uma esperança distante.
Tua mão ao pegar, vacila.
Outrora era forte e firme.
O medo dilata tua pupila,
descendo o chão Íngreme.
Racha-lhe os pés de velhice,
e as mãos inquietas falam.
Não te lembras das tolices.
Os problemas te calam.
As apólices não são mais importantes,
não mais te preocupas com as riquezas.
Teu momento segue adiante,
mais importantes eram as finezas.
Expira a primavera. O sol não brilha,
E aí vêm as noites frias.
Aí vem o inverno da velhice, trilha.
Volvesse agora os últimos dias.
Comentários
Nada mais importa! Muito boa descrição dos últimos dias de um ser humano! Parabéns!
Enoque Gabriel | 08/07/2022 ás 13:25 Responder ComentáriosBelíssimo!
Emanuel Silva | 23/12/2022 ás 02:42 Responder Comentários