Um dia, ao amanhecer, sentirás o peso,
De fazer coisas que se tornam um excesso.
Será a última vez que o sol brilhará assim,
Num adeus silencioso, nosso fim.
A última vez que a brisa acariciará a pele,
O derradeiro suspiro do que já foi tão belo.
Caminharemos por trilhas conhecidas,
Despedindo-nos das pegadas da vida.
A derradeira risada ecoará no ar,
Como um eco a nos lembrar.
De momentos que não voltarão mais,
Na despedida de sonhos que se desfazem para trás.
A última vez que nossos olhares se encontrarão,
Refletirá o adeus, a sutil despedida em vão.
A despedida não dita, mas sentida no peito,
O fim de um capítulo, um ponto imperfeito.
Últimas palavras sussurradas ao vento,
Em despedida, um momento lento.
A última vez que seguraremos as mãos,
Antes que o tempo nos desfaça em seus anos.
Mas lembra-te, mesmo na última vez,
Cada despedida é um novo recomeço outra vez.
Pois, no ciclo da vida, há sempre renascimento,
Mesmo quando o último ato se encerra em lamento.
Comentários
Que perfeição em forma de poema! Adorei!
Enoque Gabriel | 16/12/2023 ás 23:11 Responder ComentáriosObrigada. Poeta...
Dolores Flor | 17/12/2023 ás 08:38No mundo da imaginação as despedidas são proibidas....
VALTER FIGUEIRA | 15/01/2024 ás 14:44 Responder Comentários