ÚLTIMA NOITE DE TERROR
Noite de terror em Nortelândia do Norte
Tempestade que se tornou pesadelos
Quando foi vista bem pertinho a morte
A vida por um fio, contada nos dedos!
Chuva forte caindo na estrada deserta
Enxurrada de pensamentos alarmantes
Deslizando por aquela face sangrenta
Em meio a raios e trovoadas uivantes!
Os vidros ficaram opacos e embaçados
Pelo pavor dos suspiros amedrontados
E pela fumaça dos cigarros nicotinados
Pairando dentro do carro enclausurado!
Nada se enxerga a um palmo do nariz
Além da solidão de uma noite emudecida
E dos ventos que açoitam a alma infeliz
Fazendo do medo uma tétrica voz alarida!
Não adianta esganar-se pedindo socorro
Ninguém ouvirá os seus pensamentos
Quanto mais invocar os vivos e mortos
Terás que superar estes tristes tormentos!
Quem sabe isto não seja uma provação
Um exemplo ou até também um castigo
Que lhes sirva de alento para o coração
Valorizando tudo que aqui tenha vivido!
Se esta chuva não parar até o amanhecer
E seguir transformando-se em um dilúvio
Quem sabe um prévio Noé possa aparecer
Salvando o seu escalpo do demonifúgio!
Não terás uma nova chance para voltar
E reviver tudo que deixou de vivenciar
Mas, por acaso, se a tempestade acalmar
Será o único sobrevivente neste seu mar!
Edbento!
Comentários
Como diria meu filho menor.:-Eita!!! As palavras me fogem. Que forte. Que agonioso, mas prazeroso de ler.
Eidi Martins | 04/05/2023 ás 18:39 Responder ComentáriosBelo versejar, poeta, faz-me lembrar dos nossos queridos árcades!
ENOQUE GABRIEL | 04/05/2023 ás 21:38 Responder ComentáriosO acontecimento trágico por uma narrativa poética não tira peso da dor , mas nos encaminha a reflexões e nos mostra que a poesia tbm denuncia.
Josivaldo Santos | 06/05/2023 ás 16:53 Responder Comentários????
Isa | 12/05/2023 ás 10:08 Responder Comentários