Tudo e um pouco mais, de amor

Do amor que não se pode calcular, nem medir

laços eternos, difíceis de se explicar, mas não de sentir

Daqueles que chegam de mansinho

Nos esculpindo aos pouquinhos

Mudando nosso agir, nosso pensar

Trocando a bifurcação da nossa estrada, do nosso sonhar

Da dor que por vezes arde

Do grito louco ou do silêncio covarde

Daquilo que nos eleva, nos ilumina

Ou por vezes nos extermina

Do amanhecer ao fim da tarde

Desprovido de escândalo ou alarde

Amor em família é assim

Dor e redenção sem fim

Um sempre bem querer

Um às vezes mal dizer que é bem dizer

um perdoar cíclico, infindo

pra quem já se foi  e quem não está indo

Laços eternos e sempre reais

Ainda mortos, são imortais

Brasa ardente e sem dor

Arco-íris que não perde a cor

Sorriso franco viril

pranto infantil ou senil

Laços profundos, de perto e de longe

De afeto que se mostra ou se esconde

De quem é parente de sangue ou não

De quem nunca pensa que ama em vão

Daqueles que só amam e não esperam recompensa

Que creem que família é tudo, apesar de conflitos e desavenças.

(Darcy Lebron, maio de 2025)