São ondas que vem
São ondas que vão.
E vozes alegres
Da massa feliz,
Juntando-se ao som,
Do doce murmúrio
Do canto do mar.
E ali, bem ali,
Formando com graça
A onda sinistra
Tão linda que vem,
Surpreende a massa,
Com fúria ela passa,
Espalhando o terror.
E a força da onda
Agita o mar,
E o mar se levanta!
E levanta ainda mais!
E assim segue em frente
Deixando pra traz
Seu rastro de dor.
E ali, bem ali,
Onde havia alegria
Só resta o silêncio,
E a destruição.
Por onde se passa
Que horror! Toda massa,
Jazia no chão!
Passada a tormenta
Que arrasa e destrói,
Tudo se reconstrói
Tudo volta ao normal.
E a massa revê.
E diz que poder
Tem a morte afinal!
E a pobre da Ásia,
Que após a devassa
Chorando a desgraça
Não sabe o que faz.
Num pranto dolente
Elas buscam somente
Os caminhos da paz!
Mafalda Moreno
Várzea Grande, 15/02/2005 15:20h