Tua sombra encobre minha felicidade,
que se esconde em meio a escuridão.
Na penumbra prendias minha liberdade,
que enchia minha alma de solidão.
Cravava-me em meu coração a dor.
A tristeza em meu peito imortal,
fragmentos de alegria e de ardor.
Subitamente fazias-me mal.
Na fuga da tristeza que sentia,
não era-me abonado o passado.
No amor nenhuma culpa havia,
esquecido pela dor de ter amado.
Da tua boca, sai o cálido som da amargura;
Dos teus dedos, o gélido toque proclamado.
Embriago-me com o álcool que a mão segura,
e do amor ter sido morto e enterrado.
Tampouco o que sobra é ser estagnado,
quanto sentir deixou de vivenciar!
Todo valioso amor e sorriso guardado,
ao ter que injustamente renunciar.
Prendam-me, algemem minhas próprias mãos,
que jamais passe perante meus olhos o amor.
Dia a pós dia se esvai em mim e o que sobra são,
cinzas e estilhaços ao tentar se recompor.
Comentários
Vejo neste poema um coração melancólico, estilhaçado e em cinzas. O poeta sabiamente soube compor e dar beleza com seus belos versos a este lindo poema!
ENOQUE GABRIEL | 29/08/2022 ás 16:38 Responder ComentáriosGuarde os fragmentos de alegria e os de ardor coloque em algum lugar que não fará falta.
Marlene Santos | 14/09/2022 ás 19:59 Responder Comentários