TRISTE RAPSÓDIA
Abram-se as portas dos poços
Joguem as sobras nos destroços
Eu não quero fenecer como loucos
Salvem ao menos os míseros ossos
Deixem que lindas nuvens brancas
Caiam e espalhem-se em forma de paz
Assim, não morreram as lembranças
Só as saudades que aqui agora jaz
Vou abrir as portas do ledo céu
E deixar todos vocês para trás
Sei que foi um erro ter nascido
Mas envolto em um negro véu
Transponho as paredes do infinito
Para jamais ser outrora esquecido
Que os ventos soprem o sopro da vida
E tudo se torne uma eterna fantasia!
Edbento!