Trajes da Memória ao Sul

Poemas | 2024/12 Antologia Estrelas poéticas | Dimar Monteiro Sanca
Publicado em 27 de Outubro de 2024 ás 14h 30min

Trajes da Memória ao Sul

 

Memórias medievais moram em mim

Sentimentos do eu lírico sobrevivem por mim

Minhas asas vão falar

Sobre partidas e chegadas 

Meus pés? Tempos dirão...

Minha alma há de ecoar no tempo

Sob nostalgia, devir e cais

Entre o exposto e o oposto

Por tudo o que foi dito, feito e vivido

Ideias, rosas, fé e o peregrino

Resistência, consciência e existência

De memórias em vida, de vida e sobre vida

Que a minha ternura fale de fantasias

Antes que manhã fale a crepúsculo

Sobre solstícios e equinócios

Abraços, homenagens, risos e lágrimas

De elos, dizeres e olhares

As rosas búlgaras desabrocharam

Sob tempos ancorados no eu da gente

Se o amanhã não for tarde demais

Viver é realeza

Tudo sobre tempos fugazes que teimam em virar lembranças

Nada distante daquele porto

Nessa breve viagem

Dias floridos que chegam distantes

Como Setembro em Bissau

Dias cinzentos falam de uma mão cheia do nada

Daquela melancolia que abraça a maturidade

Você se lembra?

Futuro sempre chega

Me fale de coragem e porções de insanidade

Não são nódoas da razão

Mas àqueles fiéis escudeiros em noites de inverno

Ou quando tarde de verão traz outras epopeias

Distantes que outrora retratavam Camões ou Cabral

Você se lembra?

Tempos fugazes

Chegaram outras estações

Após anos 60 em África

A vida floriu e a gente sorriu

Sobre um amor antigo

Afinal, o tempo e a primavera nunca foram antônimos

Pois é! As memórias não envelhecem!

Vivem nas primaveras dos tempos

Sob a grata satisfação de serem próprias

Na linha destes e outros tempos!

 

 

 

 

 

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