Passam-se um pelo outro
Tic tac
Os ponteiros do relógio
Tic tac
Parecem não rodar
Parecem não marcar
E essa hora demorada
Me deixa numa agonia
Que se arrasta pelo dia
Tic tac
Tic tac
Já não ouço o tiquetaquear
Dos ponteiros do relógio
Que teimam em as horas seguram
E não deixam você chegar
Essa angustia me consome
Não há mais nada que me embrome
E me ponho a chorar
E o tic tac me ensurdece
Nem que eu quisesse
Poderia os ponteiros empurrar
Eu sei que você não vai voltar.
Poema publicado no livro “NAS ASAS DA POESIA” (2021)
Comentários
Às vezes o tic-tac incomoda!
Enoque Gabriel | 14/09/2022 ás 20:01 Responder Comentários