Nos teus olhos,
encontro abrigo –
como se a eternidade morasse neles,
em silêncio.
Neles, o mundo perde os contornos,
as fronteiras desmancham-se em névoa,
e tudo o que sou cabe
na luz calma do teu olhar.
Nos teus braços,
o tempo deixa de ser algo que fere;
é pausa, é suspiro,
é vida devolvida
ao peito cansado de buscar.
És tu,
em cada amanhecer –
mesmo quando não estás,
mesmo quando o sol
se esconde entre as nuvens.
Meu amor,
não há tempestade que te leve de mim,
não há distância capaz de apagar
os versos invisíveis que escreves
em minha alma
quando dizes meu nome.
És meu refúgio.
És meu sempre.