Tem uma saudade,
Que invade meu coração,
De vez em quando,
E fica me atormentando,
Me cutucando,
Me olhando,
Com aquele olhar comprido...
Uma saudade indiscreta,
Bem direta,
Que traz memórias de lugares,
De pessoas,
De momentos,
E épocas da minha vida.
Abre caixas de lembranças,
Envelopes amarelos,
E cartas com marcas de dobraduras.
Reproduz filmes,
Cenas, reacende visões,
Como fosse espelhos,
Que reflete feições conhecidas.
Algumas já quase esquecidas.
Uma saudade que traz abraços
Que entornam perfumes
Que somente a minha alma reconhece.