O rato soube do fato,
correu até o gato,
ofegante e estupefato
e repassou sem recato
tal recado insensato.
O gato soube do fato
retrucou "não me abalo",
dirigiu-se até o cavalo
contando-lhe o boato.
O cavalo soube do fato
disparou de imediato
alcançou veloz o pato
e cochichou-lhe, gaiato:
“curiosidade matou o gato”!
O pato, nada cordato,
desengonçado e caricato,
quis cantar de galo
grasnou, fez gato e sapato
tentou agredir o cavalo.
Quase chegou as vias de fato!
Por sorte um ser sensato,
Dona Vaca, a rainha da boiada,
mais prudente, estufou o peito
e deu cabo naquela palhaçada.
Pacata, porém, ponderada,
mugiu aos quatro ventos
“não aceito presepada,
nem boato, nem atrevimento;
quem estiver fazendo nada
pegue seu rumo sem xingamento.
É desaforo e desrespeito,
maldade e indiferença,
derramar boatos à revelia,
sem apelo à consciência
ao bom-senso e a empatia.
Ora bolas, onde já se viu?
Boquirrota espalhando fake news?
É chato e vergonhoso
Indecente e perigoso
Esse tal telefone sem fio.”
Comentários
Legal, gostei kkk
Aparecida Ferreira Luis Galdino | 13/06/2023 ás 10:36 Responder ComentáriosObrigado.
Romeu Donatti | 24/07/2023 ás 07:28Uau, que belo, adorei!
Edbento | 13/06/2023 ás 18:59 Responder ComentáriosMuito obrigado.
Romeu Donatti | 24/07/2023 ás 07:28Que lindo e reflexivo também, muito bem elaborado, meus parabéns! Abraço poético.
Edbento | 24/07/2023 ás 11:59 Responder Comentários