O ensino não pode ser vertical, 
Não é torre que sobe, distante e irreal, 
Mas uma teia viva, um encontro crucial, 
Onde cada fio é essencial.

O ensino precisa ser horizontal, 
Uma roda de saberes, um abraço mental, 
Uma dança de ideias no plano vital, 
Onde o professor também é aprendiz no final.

Aproveitar os saberes que os alunos carregam, 
Em suas almas, seus sonhos, as vivências que entregam, 
É dar voz ao que pulsa, ao que não se nega, 
É fazer do aprendizado uma ponte que integra.

Ensinar não é apenas transmitir conhecimento, 
Não é simplesmente despejar conteúdos ao vento, 
É acender no aluno a chama do pensamento, 
E guiá-lo na jornada de seu próprio entendimento.

Como disse Paulo Freire, com sua visão profunda, 
Não há saber que sobre ou que afunde, 
Há saberes que se encontram no meio da jornada, 
E juntos, tecem a trama de uma vida transformada.

Levar o aluno a produzir conhecimento, 
É nutrir a terra fértil de seu entendimento, 
É plantar a semente da dúvida e do questionamento, 
Para que floresça a árvore do discernimento.

Educação é mais que palavra, é ação, 
É um campo de troca, de rica interação, 
É o respeito ao outro, à sua história, sua canção, 
É abrir portas, janelas, semeando a razão.

Que o saber seja mar, vasto e sem fim, 
Onde cada aluno navegue em seu próprio jardim, 
Descubra em si mesmo o poder de crescer, 
E juntos, construamos um mundo a aprender.