TECELÃ
Teci a colcha de minha vida
Com retalhos de todas ilusões
Costurando com fios de ouro
Incontáveis momentos preciosos de recordações
Fui tecelã incansável
Juntando com fios escarlates
Os pedaços quebrados, destroçados
Do meu bobo coração
Com fios multicoloridos
Uni, com maestria, todas minhas belas estações
Tecelã fui do mural de uma existência ínfima no meio das constelações
Desembaracei nós de todos os tipos
Encontrados no desenrolar do novelo de minha história de vida
Sergi remendos nos machucados sangrentos,
Transformando-os em bordados fantásticos
Disfarçando todos os buracos abertos pelas desilusões.
Juntei pedaços de minha alma destroçada
Com miríades de fios de orações
Tive ajuda de anjos que constantemente
Incansavelmente permeiam, cuidadores, ao meu redor.
O arremate ainda está em construção
Fecho cada ponto com perdão e gratidão
E a junção de cada fio faz da colcha de minha vida
A obra perfeita de mais uma criação.
Obs.: Este poema faz parte do livro Astors e Estrelas 2021.
Comentários
Parabéns, oh tecelã!
Enoque Gabriel | 29/04/2022 ás 21:58 Responder Comentários