TECELÃ

Poemas | Iziz De Andrade
Publicado em 29 de Abril de 2022 ás 01h 20min

TECELÃ

 

Teci a colcha de minha vida

Com retalhos de todas ilusões

Costurando com fios de ouro

Incontáveis momentos preciosos de recordações

 

Fui tecelã incansável

Juntando com fios escarlates

Os pedaços quebrados, destroçados

Do meu bobo coração

 

Com fios multicoloridos

Uni, com maestria, todas minhas belas estações

Tecelã fui do mural de uma existência ínfima no meio das constelações

 

Desembaracei nós de todos os tipos

Encontrados no desenrolar do novelo de minha história de vida

Sergi remendos nos machucados sangrentos,

Transformando-os em bordados fantásticos

Disfarçando todos os buracos abertos pelas desilusões.

 

Juntei pedaços de minha alma destroçada

Com miríades de fios de orações

 Tive ajuda de anjos que constantemente

Incansavelmente permeiam, cuidadores, ao meu redor.

 

O arremate ainda está em construção

Fecho cada ponto com perdão e gratidão

E a junção de cada fio faz da colcha de minha vida

A obra perfeita de mais uma criação.

 

Obs.: Este poema faz parte do livro Astors e Estrelas 2021.

Comentários

Parabéns, oh tecelã!

Enoque Gabriel | 29/04/2022 ás 21:58 Responder Comentários
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