Não importo com a escuridão
sombras, penumbras e a neblina...
Te vejo sempre aonde estás
ainda que não queira
e por mais que sonho e divago
criando imagens de outras mulheres,
sempre te vejo, no silencio sideral.
Como um relâmpago que ilumina
você aparece e me assusta
ante a uma imagem triunfal,
uma tormenta incompreensível
invade o meu ser e deixa tonto
como náufragos desconsolados.
Tento esquecer sua imagem
que tornou sufocante e visceral
tenho quedas de pressão
tonturas lacerações
cada partícula de mim perde o sentido
e quedo desnorteado
ao mesmo tempo encantado
pela sua aparição.
Não entendo: sofro quando você aparece
mesmo assim quero te ver
e te vejo sempre.