Te amo, sem alarde, em cada aurora,
quando o sol desperta em tom sutil.
Te amo quando a tarde se evapora,
e a noite envolve o céu em tom de anil.
Te amo no silêncio das palavras,
no gesto breve, em sombra ou claridade.
Te amo onde a alma se conserva,
fiel ao tempo, alheia à tempestade.
Não é amor que muda com a estação,
nem chama instável de ocasião qualquer.
É laço eterno, íntima oração,
que nasce em mim… por ti, e só por ser.
Te amo — não apenas no instante fugaz,
mas nos dias, nos séculos, no que vem… e no que jaz.