O sol já começava sua despedida, pintando o céu de dourado e rosa. No quintal, a mesa simples estava posta com café quentinho, bolo de fubá e pedaços de pão caseiro. O cheiro doce misturava-se ao vento suave que soprava entre as árvores. 

As cadeiras de madeira rangiam enquanto cada um se acomodava. A avó mexia o café com calma, contando histórias antigas, enquanto as crianças brincavam de esconde-esconde entre as plantas. O avô ria baixinho, observando tudo com olhos cheios de ternura. 

O tempo parecia desacelerar nesses momentos. Entre goles de café e risadas soltas, conversavam sobre o dia, sobre lembranças e planos para o amanhã. Os passarinhos pousavam curiosos nas cercas, como se quisessem ouvir também aquelas histórias que só uma tarde em família sabe contar. 

Quando a noite começava a chegar, ninguém tinha pressa de ir embora. O calor do lar não vinha só do fogão ou da xícara fumegante—ele morava nas palavras, nos gestos simples, na companhia daqueles que faziam a vida ser mais bonita. 

E assim, naquela tardezinha tranquila, o tempo se transformava em memória. 

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