TAPETE

 

A morte é tapete de veludo

Salpicado por pétalas rubras

Estendido para eu passar solenemente

Quando no futuro

Findar a minha caminhada

Neste utópico e fantasioso mundo

E eu ser conduzido adormecido

A minha nova morada...

 

A vida presente

É caminho sinuoso e estreito

Todo forrado com cacos

De vidros pontiagudos

Por onde tenho que passar

Com os olhos vendado

Tentando desviar dos espinhos

Nesta minha caminhada rotineira

Deste tempo caótico e efêmero

Muito bem sincronizado

Entre o viver e o morrer

Ou simplesmente reviver...

Não fui réu em vida

Re...viverei.

 

Adelson Poeta Pinto

19/02/2022

 

Comentários

Uma bela concepção de futuro pós morte. Faz reflexão muito elegante entre a vida que levamos e a vida porvir. Brilhante!

Lorde Égamo | 09/06/2024 ás 22:02 Responder Comentários
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