Sou tão livre quanto a névoa nos vales,
que dança presa aos caprichos do ar,
tão dono de mim quanto o vento,
que vai aonde o destino mandar.
Sou tão rico quanto as sombras,
que guardam tesouros de solidão,
tão feliz quanto as pedras cansadas,
que rolam sem direção.
E nesta liberdade dourada,
construo castelos que o mar desmanchou,
coroado rei das ilusões perdidas,
no reino que nunca existiu e acabou.