Sinopse:
Um poema de contemplação e leveza, onde o eu lírico se desprende do mundo concreto para habitar o silêncio do cosmos, permanecendo em suspensão — como quem ainda aprende com o infinito.
Suspensa no Infinito
Flutuei por entre nuvens
enquanto o brilho das estrelas me atravessava.
O infinito se derramava em aquarela,
sem contorno, sem margem.
Rios e mares encolheram no olhar,
a Terra virou um ponto esquecido
na respiração do tempo.
Gotículas de luz deslizavam pelo vazio,
como pequenos flocos de diamante,
aprendendo a cair sem chão.
O cosmos dançava
uma canção que não se ouve,
apenas se sente.
E eu —
entre o silêncio e a vastidão —
permaneci suspensa,
sem queda,
sem retorno,
como quem ainda aprende com o infinito.