Suspensa no Infinito

Poemas | Rose Correia
Publicado em 30 de Dezembro de 2025 ás 09h 47min

Sinopse:

Um poema de contemplação e leveza, onde o eu lírico se desprende do mundo concreto para habitar o silêncio do cosmos, permanecendo em suspensão — como quem ainda aprende com o infinito.

 

Suspensa no Infinito

 

Flutuei por entre nuvens

enquanto o brilho das estrelas me atravessava.

O infinito se derramava em aquarela,

sem contorno, sem margem.

Rios e mares encolheram no olhar,

a Terra virou um ponto esquecido

na respiração do tempo.

Gotículas de luz deslizavam pelo vazio,

como pequenos flocos de diamante,

aprendendo a cair sem chão.

O cosmos dançava

uma canção que não se ouve,

apenas se sente.

E eu —

entre o silêncio e a vastidão —

permaneci suspensa,

sem queda,

sem retorno,

como quem ainda aprende com o infinito.

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