Sorte dolente

Poemas | 2024/1 - Antologia Versos da alma: uma jornada poética coletiva | Karen Souza
Publicado em 20 de Janeiro de 2024 ás 12h 25min

SORTE DOLENTE

 

Belíssimo tesouro que encontrei

Em meu mais íntimo sonho dual.

Tu és o bem que tanto causa mal,

És o achado que nunca encontrei.

 

A fortuna maior do mundo todo,

Geras infortúnio, prosperidade.

A mais lúcida e mais doce verdade

Que não passa de um extremo engodo...

 

A paz tão turbulenta e conflitante,

A mais clara e resoluta incerteza,

A eternização dos meus instantes.

 

Tu és o início de todo final,

Pois, por mais que me leves à riqueza,

Geras o fatal e absoluto caos.

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