No quintal vazio, (as) lembranças dançam,
entre as roseiras, (os) risos se desfazem,
nas mãos do vento, (os) segredos voam,
pelos galhos partidos, (os) sonhos se arrastam.
No espelho quebrado, (as) manhãs se perdem,
no alpendre esquecido, (os) passos ecoam,
sobre a poeira dos dias, (as) promessas dormem,
e no fundo da alma, (a) infância repousa.
No murmúrio do tempo, (as) vozes se calam,
no cheiro da terra, (os) abraços revivem,
nas esquinas da memória, (os) olhares se cruzam,
e na curva do dia, (a) saudade respira.