Sob os Escombros de Gaza (Poema sobre o genocídio do povo palestino)

Poemas | Carlos Roberto Ribeiro
Publicado em 06 de Junho de 2025 ás 20h 15min

Na margem do mundo, um choro calado,
O céu pesa cinzas sobre a alma ferida,
E em cada ruína de lar despedaçado
Há um sonho quebrado, há uma vida perdida.

 

Em nome da paz, disparam mísseis de guerra,
Com promessas de ordem, semeiam o luto.
Apontam o dedo à criança sem terra,
Chamando-a inimiga com ódio absoluto.

 

Dizem: "É o Hamas" — mas matam o povo.
Milhares de vozes se calam em fogo.
Nos becos da história, reescrevem de novo
Um script de horrores sem culpa, sem rogo.

 

Mães carregam corpos, pedaços de filhos,
Entre escombros e sangue, num lamento sem fim.
E a Terra Prometida, de muros e trilhos,
Promete a alguns — aos outros, ruína e fim.

 

Um mundo que assiste, confuso ou calado,
Com olhos vendados por conveniência,
Assina tratados, selando o pecado
Com o selo covarde da indiferença.

 

Mas há um murmúrio entre os destroços,
Um canto que insiste, um povo que vive.
Mesmo soterrados em tantos destroços,
Os palestinos resistem, isto é, sobrevivem.

 

Porque a alma que geme também é bandeira,
E a lágrima arrasta verdades e chão.
O genocídio, não se oculta na algibeira,
É um crime que pulsa no coração e na razão.


Nenhuma dor pode ser justificada pela história.
Nenhuma vida vale menos por nascer do "lado errado" do muro.
Não é “conflito” quando só um lado enterra seus filhos aos milhares.

 

Compartilhem este poema. Façam o mundo ouvir o que Gaza não pode mais gritar.

 

Comentários

É uma triste verdade!

Keila Rackel Tavares | 06/06/2025 ás 20:37 Responder Comentários

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