Sob o Silêncio da Praia
Poemas | Carlos Roberto RibeiroPublicado em 05 de Outubro de 2024 ás 18h 42min
Da janela, o silêncio murmura,
Onde a praia dorme sob véu de estrelas,
Luzes tênues abraçam a areia
E os passos solitários se perdem no tempo.
O mar, um espelho de calmaria,
Reflete as sombras da cidade distante,
Enquanto a lua, discreta, vigia,
Com seus raios, o horizonte hesitante.
Lá, um barco repousa nas ondas quietas,
Deslizando num sonho de eternidade,
E a vida na areia, de olhos fechados,
Escuta o sussurro do vento e da saudade.
Caminham almas ao longo da orla,
Num compasso lento, sem pressa, sem fim.
A noite é um manto que cobre memórias,
Que se encontram e se desfazem em mim.
Na vastidão da praia, o vazio é abraço,
Um espaço onde o tempo não tem razão,
A luz dos postes é farol solitário,
Guiando pensamentos, perdidos na imensidão.
Da minha sala, contemplo e sou parte
Dessa dança serena entre terra e mar,
A quietude da noite me leva distante,
Aonde os sonhos vêm repousar.
Comentários
Belíssimo texto! Parabéns Poeta! Lindo versejar.
Rosemeire Santos Silva | 05/10/2024 ás 18:50 Responder Comentários