Sinfonia da solidão
Minha alma tem desejo de fugir
Deste corpo que já não te seduz
Perdeu o reflexo, esvaiu-se a luz
Só reajo às vontades de sumir!
Dos meus olhos tristes só pranto
Lágrimas perdidas nas torrentes
Não ungidas estancam vertentes
Por espadas afiadas, sangrando!
Já não sinto mais coisa alguma
Nem a vida, tão pouco a natureza
Perdi o encantamento das brumas
As flores já não têm mais beleza!
Sei o quanto dói a minha dor
Sou ventos zéfiros, sou vapor
A este destino que me implode
Sou sol que não emite o calor
Nuvem dispersa que não chove!
Edbento
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Como um amor desfeito, apesar da desolação que causa, poder despertar no poeta tamanha beleza em seu versar! Muito bem!
Lorde Égamo | 14/07/2024 ás 18:03 Responder Comentários