Nas ruas vazias, (o) eco caminha,
na sombra das árvores, (a) saudade deita,
sobre as manhãs cinzentas, (o) vento suspira,
entre as flores secas, (a) esperança espreita.
No céu sem estrelas, (a) noite se embriaga,
na boca do rio, (a) vida adormece,
sobre os telhados antigos, (o) tempo descansa,
e no coração, (o) amor não esquece.
No livro fechado, (as) histórias resistem,
no copo vazio, (os) sonhos se vão,
nos olhos cansados, (as) lágrimas caem,
e no peito, (a) força da solidão.