Carrego um vazio cheio de memórias,
sou prisioneiro da minha liberdade,
encontro abrigo nas tempestades,
e sou certeza dentro da saudade.
Sorrio lágrimas de esperança,
canto ausências no nascer do som,
sou feito de pedras que flutuam,
e de raízes que voam sem tom.
No grito mudo do meu peito,
escuto promessas a se apagar,
sou um viajante imóvel no tempo,
que corre sem nunca chegar.