SERRA DA BOA ESPERANÇA
Poemas | Celso de Castro CustódioPublicado em 05 de Agosto de 2025 ás 17h 28min
Procuro tuas andanças
Deparo com as lembranças.
A moça da beira do rio,
A Serra da Boa Esperança.
Acende o fogo a lenha,
Comida de bom tempero.
A lua ilumina a cozinha,
De longe já sente o cheiro!
O céu desnuda a madrugada
A brisa banha o teu corpo,
A cachoeira ecoa bem perto,
Há vaga-lumes e um sapo morto.
É a mais linda de roupa de chita
Da bochecha rosada.
Momento de pura incência!
Fingindo ser minha namorada!
No rosto estampada vergonha
Ensaiando um pequeno beijinho,
As mãos geladas e trêmulas,
Coisas que atraem carinhos,
De olhos fechados descobre
O segredo!
O coração acelerado se entregou
Sem medo!
O amor nessa hora abriu a porteira,
Entrou na roça,
Encheu a casa de alegria
Contagiou a moça.
Deitou na cama como abobalhado,
Ouviu na rádio a Sertaneja Mineira,
E amanheceu ao lado de um retrato,
Uma pequena flor próxima a cachoreira!
Livro: Mar de Poesias
Comentários
É uma metáfora interessante, em especial na hora que abre a porteira, entra na roça e enche a casa de alegria! Mui belo!
Lorde Égamo | 05/08/2025 ás 22:38 Responder Comentários