Ser

Poemas | Rosemeire Santos Silva
Publicado em 21 de Agosto de 2022 ás 21h 58min

Ser

Eu me percebi mulher
Sou mãe e mulher casada
A maternidade é bom

O ser "mãe" é divino
Ao sentir brotando do ventre a vida
O amor fecundado alimentado e gerado

Mas, de repente, a inquietação
Quem sou?
Sou as águas revoltas do mar

Sou a terra molhada a espera
da semente, como se estivesse no cio
Sou o vento que passa levemente.

Quem sou?
A que pertenço?
O" pertencer" é uma incógnita

Percebi-me mulher
Profundos são meus caminhos
A busca incessante a desvendar
todo o ser

Pertencer é desnecessário
Eu sou como a água que cai entre os dedos
As areias em uma tempestade
Indomável é o ser, a busca de si mesmo

O pertencer a quem pertence?
Nada pertence, não, nada, nada
Não há pertencimento

Eu mulher me pertenço e me percebo,
ou não, estou à busca do ser
Mulher!

Mary Cloe 03/01/21

Comentários

Esplêndido poema, onde a poetisa instiga o seu eu interior!

ENOQUE GABRIEL | 22/08/2022 ás 10:34 Responder Comentários

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