Nas terras do tempo, de chão castigado,
Onde a dor já fez seu campo sagrado,
Há quem semeie com mãos calejadas
Palavras de luz em almas cansadas.

 

São eles poetas, são eles sonhadores,
Tecendo esperança em versos e cores.
Com tinta de luta e rima de fé,
Transformam a vida, refazem o que é.

 

Cada palavra, semente plantada,
Brota no peito, em terra molhada.
E mesmo que o vento tente arrancar,
Raízes do verbo sabem ficar.

 

Contam histórias de força e coragem,
De quem não se curva, de quem faz passagem.
Narram a dor, mas falam da glória,
E tornam o mundo um livro de história.

 

Nos olhos cansados, brilham promessas,
Em páginas soltas, renascem peças.
Os ecos do tempo, que um dia se vão,
Ficam gravados em cada canção.

 

Semeiam afeto, espalham ternura,
Cuidam das letras com mãos de doçura.
E mesmo que a noite pareça sem fim,
Trazem auroras num verso sem fim.

 

São guardiões de contos e lendas,
Que vencem o medo, que rompem as vendas.
E mesmo que a dor tente os calar,
A força da escrita faz vida brotar.

 

E assim seguem firmes, sem medo do chão,
Plantando palavras com o coração.
Pois sabem que a vida, com sua lição,
Se escreve na luta, se lê na emoção.

 

E quando partirem, na brisa do vento,
Suas histórias serão firmamento.
Lembrança eterna que o mundo guardou,
Dos que semearam e o bem cultivou.

 

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