SEM VOZ, SEM VEZ
Poemas | Valter Figueira e convidados: Às margens da vida | Isolti CossetinPublicado em 02 de Agosto de 2024 ás 10h 56min
SEM VOZ, SEM VEZ
Às margens da vida, sem voz, sem vez,
Vivem os que a sociedade esqueceu.
Excluídos, invisíveis, dia após dia,
Em um mundo que nunca os acolheu.
Nos becos escuros, sem esperança,
Residem sonhos que nunca florescem.
Nas esquinas frias, a dor, a lembrança,
De oportunidades que não acontecem.
O luxo se ergue em torres de vidro,
Enquanto a fome grita nas ruas,
Desigualdades que ferem, que excluem,
Realidades duras, nuas e cruas.
Os marginalizados, rostos sem nome,
Sobrevivem à margem do progresso.
São vítimas de um sistema que some,
Com seus direitos, com seu acesso.
Menos favorecidos, lutam em vão,
Por migalhas, por um pedaço de pão.
São guerreiros de uma dura realidade,
Vivem esquecidos pela sociedade .
A justiça, cega, não os enxerga,
As leis, frias, não os protegem,
E na indiferença que nunca se nega,
Os sonhos se apagam, os olhos se fecham.
Mas mesmo às margens, uma chama persiste,
Um desejo de vida, de ser alguém
Em meio ao abandono, na luta insiste,
Pois cada ser humano merece viver bem.
Que possamos olhar com mais empatia,
Para com aqueles que vivem sem vez,
E que a igualdade seja o nosso guia,
Para um mundo mais justo,
com menos mesquinhez.