Num mundo instantâneo que vivemos, onde tudo, é reduzido a um clique, de gostei e não gostei, ou melhor, como diz a geração internet 5G, “like” ou “des-like”, onde as compras que hoje fazemos de qualquer lugar do mundo, que chegam pelo entregador desumanizado e precarizado, estamos perdendo a noção do que é essencial para a vida.

Como passamos a viver e a sobreviver na superficialidade, perdemos a noção do que é a essencialidade nas relações interpessoais, e às vezes passamos a viver de migalhas do que pensamos ser um relacionamento.

O essencial do amor é mais do que estar juntos, é mais que sexo consentido, do que viagens de férias. A essencialidade do amor, é sentir fazendo parte de um mundo próprio, em um vasto mundo de relações variadas. Se no meio de uma tempestade, ao abraçar a pessoa, você não sentir que a ventania diminuiu, desculpa, mas esse relacionamento não é essencial para você.

O maestro Tom Jovem, em “wave”, diz que “fundamental é mesmo o amor” e que “é impossível ser feliz sozinho”, logo, se você está com alguém, e não conta com ele para rir das tuas piadas, e chorar com você, quando a barra pesa, esse romance não é essencial para nenhum dos dois, e ambos estão perdendo um tempo precioso, de ir buscar o essencial da vida para cada um.

Se as conversas não convergem, se o entendimento sobre a humanidade e debilidade da vida comezinha do dia a dia, não for uníssona, esse viver junto, não é essencial, porque na realidade, vocês não comungam do mesmo mundo.

Se você consegue ficar uma semana toda, sem sentir necessidade de falar com a pessoa, essa pessoa não é essencial para você, nem você para ela, vocês estão se enganando.

Essencial é misturar as essências, ao ponto de não se saber quando termina você e inicia o outro.

O amor essencial é complementar, não estressa a existência, não definha, não ignora nem suprime a existência do outro.

Pelo contrário, te faz crescer, elevar, sublimar.