Saudades da roça
Saudades da roça,
onde o tempo era manso
Meu gato preto
e o porquinho espeto,
num doce balanço
A vaquinha malhada
e a girafa comprida,
num bailado festim
A oncinha pintada
e o jabuti bem arlequim,
em harmonia sem fim!
A cobra jararaca
e o sapo Cururu,
Vivendo em plena sintonia
A perereca pintada
e a Garça Branca,
dançando na melodia
A galinha caipira
e o galo-de-briga,
anunciando a alvorada
A borboleta-azul
e a abelha amarelada,
voando pela floresta
totalmente encantada!
A cacatua branca e o
papagaio falastrão, contando
histórias sem fim
O macaco brincalhão e a
arara Canindé,
alegrando o jardim
O gordo chimpanzé
e o revoar da libélula,
no compasso da natureza
O canário e o tatu-bola,
na sinfonia da beleza
A casinha encantada
e a lagoa profunda,
refletindo a pureza do olhar
O rio de águas claras
e a cachoeira linda,
convidando ao doce repousar
A relva molhada
e o pico da colina,
testemunhas de o tempo passar
O prado da campina
e o canto da passarada,
segredos que sussurram ao ar
Céu azul e verão caloroso,
uma estação outono
beija-flor com sono
Esperando a primavera
em dia nublado,
pôr do sol sob tarde quente,
Lua nova em noite escura
e estrela-cadente,
colorindo a vida no horizonte,
Uma dose de caipirosca
com arroz na panela
Churrasco de costela
torresmo e farofa,
prazer lá da roça
uma paz divinal
Um cochilo na rede
Roupa seca no varal
Água de pote mata a sede,
um tesouro sem igual.
Edbento
Comentários
Realmente, poeta! O que descreve é um tesouro sem igual. Imagens como as descritas não se vê nos circos nem nos jardins zoológicos. É um legado imaterial que conduz a sua alma! Bravo!
Égamo | 07/05/2024 ás 13:03 Responder Comentários