Na sombra do crepúsculo, a saudade me abraça,
Um murmúrio de memórias, a tristeza que embaraça.
No peito, um lamento, como um suspiro mudo,
Pior saudade é aquela que fica, mas não me acudo.
Nas trilhas do passado, teus passos se perderam,
E a melodia do adeus em meus ouvidos ressoaram.
Nas estrelas distantes, vejo o reflexo de teu olhar,
Mas sei que, mesmo querendo, não posso te alcançar.
A saudade se veste de sombras, baila em meu peito,
Uma coreografia solitária, sem ritmo, sem jeito.
Tento prender-te em versos, mas és como vento a escapar,
Pior saudade é aquela que me faz, em silêncio, chorar.
No coração, um nó apertado de lembranças queridas,
A saudade é a ausência, a presença que se desfaz.
Entre suspiros calados e lágrimas que insistem brotar,
Sinto a pior saudade, a que me impede de te encontrar.
Caminho por sendas solitárias, onde tua sombra já foi,
Mas o vazio persiste, como um murmúrio que não se desfaz.
A saudade é a âncora que me prende ao passado,
E mesmo sabendo, não posso seguir teu rastro.
Assim, carrego a pior saudade, a que me corta a pele,
Como uma faca afiada, um amor que não se revela.
Mas guardo em mim, como um segredo guardado,
Que a saudade é eterna, e contigo, meu peito fica marcado.