Saudade que doí

Poemas | Dolores Flor
Publicado em 20 de Fevereiro de 2024 ás 20h 11min

Na sombra do crepúsculo, a saudade me abraça,

Um murmúrio de memórias, a tristeza que embaraça.

No peito, um lamento, como um suspiro mudo,

Pior saudade é aquela que fica, mas não me acudo.

Nas trilhas do passado, teus passos se perderam,

E a melodia do adeus em meus ouvidos ressoaram.

Nas estrelas distantes, vejo o reflexo de teu olhar,

Mas sei que, mesmo querendo, não posso te alcançar.

A saudade se veste de sombras, baila em meu peito,

Uma coreografia solitária, sem ritmo, sem jeito.

Tento prender-te em versos, mas és como vento a escapar,

Pior saudade é aquela que me faz, em silêncio, chorar.

No coração, um nó apertado de lembranças queridas,

A saudade é a ausência, a presença que se desfaz.

Entre suspiros calados e lágrimas que insistem brotar,

Sinto a pior saudade, a que me impede de te encontrar.

Caminho por sendas solitárias, onde tua sombra já foi,

Mas o vazio persiste, como um murmúrio que não se desfaz.

A saudade é a âncora que me prende ao passado,

E mesmo sabendo, não posso seguir teu rastro.

Assim, carrego a pior saudade, a que me corta a pele,

Como uma faca afiada, um amor que não se revela.

Mas guardo em mim, como um segredo guardado,

Que a saudade é eterna, e contigo, meu peito fica marcado.

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