SAUDADE DE VOCÊS
Cordel | Antologia Marlete Dacroce e convidados | Josivaldo Constantino dos SantosPublicado em 18 de Agosto de 2022 ás 09h 09min
SAUDADE DE VOCÊS
Que saudade dos calouros
Dos veteranos também
Aqui na Universidade
Num constante vai e vem
Saudade desse tumulto
E aqui, nesse espaço culto
Não encontro mais ninguém.
Os corredores vazios
Um silêncio abissal
Nenhum barulho no pátio
Quietude sem igual
Que saudade dessa gente
Todo dia aqui presente
Nesse espaço colossal.
Ninguém fala, ninguém grita
Ninguém canta, ninguém ri
Ninguém briga, nem debate
Não tem estudante aqui
A saudade de vocês
É trinta dias por mês
Está difícil até sorrir.
Sem tumulto na cantina
A xérox até fechou
A biblioteca chora
E diz: “voltem, por favor”!
A tristeza bateu de vez
E por saudade de vocês
Até a grama secou.
Anfiteatro vazio
Em completa solidão
Sem palestras, sem aplausos
Sem piano, sem canção
Sente a falta do acadêmico
Nesse período pandêmico
Tempo de muita tensão.
Salas de aulas fechadas
Sentem as suas ausências
Não tem provas, nem trabalhos
Nem falas com eloquências
Salas vazias agora
Estão esperando a hora
De terem suas presenças.
Até o estacionamento
Sem carro, sem bicicleta
Sem moto, está tristonho
Com uma espera inquieta
Espera a cada instante
Por você, caro estudante
Pois sua volta, é certa.
Imperial, Aquarela
Aquarela, Imperial
Sem vocês, não tem sentido
Não cumpre o seu ideal
Aguardam vocês voltarem
E por lá se aglomerarem
Será sensacional.
Calouros e veteranos
De Letras, Pedagogia
Sistema de Informação
Matemática, Geografia
Sem vocês, tudo é deserto
É ruim, não tê-los por perto
Alegrando o nosso dia.
Alunos de Economia
E de Administração
De Engenharia Elétrica
Aonde vocês estão?
Nossa saudade é gigante
Sentimos a todo instante
Um aperto no coração.
Os de Ciências Contábeis
Por aqui ninguém mais viu
Nem também os Acadêmicos
De Engenharia Civil
No Campus, ninguém mais vem
Comparo isso a um trem
Que da estação partiu.
De vocês, sentimos falta
Do abraço, aperto de mão
De sentarmos na cantina
Na maior descontração
De andarmos na calçada
E até da gargalhada
No meio da explicação.
Nosso contato é distante
É presença virtual
O ensino é remoto
Para nós, não é normal
Mas logo vamos voltar
E tudo normalizar
No modo presencial.
O vírus nos limitou
Nos tirou a liberdade
De ir e vir por aí
Pelos cantos da cidade
Mas algo permaneceu
Que é o que nos enriqueceu
Nossa criatividade.
A UNEMAT não para
Vive a se reinventar
E criar alternativas
Pra o ensino continuar
Neste tempo conturbado
Nosso lema é o cuidado
Para a vida preservar.
Cuidar pra manter a vida
E ao outro proteger
Mantendo sempre a distância
Preservando o viver
Vendo na vacina a cura
Que serve de armadura
Pra esse vírus combater.
Para você acadêmico
Nosso amor, nosso carinho
Nós queremos você bem
E de volta ao nosso ninho
A UNEMAT é seu lugar
E sempre é bom reforçar
Você não está sozinho.
Receba nossa homenagem
Nesses versos de cordel
Nosso afeto por você
É do tamanho do céu
Pra você, todo o confete
E o carinho da FACET
Da FACISA e da FAEL
(poema dedicado aos estudantes da Universidade do Estado de Mato Grosso/ Campus de Sinop durante o auge da pandemia covid 19 com o campus vazio e sem aulas presenciais. FACET - FACISAn- FAEL são as 3 Faculdades do Campus Universitário. Imperial e Aquarela são os dois bairros das duas unidades do Campus.)
Comentários
Quanta honra dispensa aos seus alunos! Parabéns!
Enoque Gabriel | 18/08/2022 ás 16:42 Responder ComentáriosQue lindo. Parabens nobre poeta
Eidi Martins | 18/08/2022 ás 20:30 Responder ComentáriosQuanta criatividade, inspiração, PARABÉNS!!!
Aparecida Ferreira Luis Galdino | 19/08/2022 ás 16:14 Responder ComentáriosParabéns.....linda poesia....
Maria Dasdores Alves Lima | 30/09/2022 ás 08:51 Responder Comentários