Hoje, quando eu senti,
A saudade me envolveu,
Lembranças de um amor antigo,
Que em meu peito não morreu.
Foi tudo um sonho, disseste,
Para mim, um vasto mar,
Onde navegam desejos,
Que não consigo ancorar.
Sei que é preciso tentar,
Apagar o que foi doce e doeu,
Mas como esquecer o que vive,
Se a cada dia renasceu?
Na voz silente de minha alma,
O amor murmura baixinho,
Nas sombras do que vivemos,
Permanece o nosso caminho.
Tentar esquecer é como negar,
As estrelas no céu a brilhar,
Pois mesmo que o sol se ponha,
Elas não cessam de lá estar.