Salva-me de mim mesma,
da busca incessante por algo
que ainda não sei o que é
Da angústia que aperta o peito
das noites em que a insônia vem,
e o traseiro é o que afaga-me
e testemunha a dor derretida
em lágrimas
Salva-me de mim mesma
das vezes que tentei entender
a ausência e solidão
As palavras que foram jogadas,
e o vento levou para longe
Tentei resgatar cada sílabas
e juntá-las na minha incoerência
Salva-me da minha tolice desmedida,
e distração acometida, que me faz
ver o amor como à única salvação
Salva-me do meu coração alado
das meias verdades dá vida
das pedras em meio ao caminho,
Salva-me de quando a lua
vier me chamar para lhe amar
E o seu brilho não pode mais
me ofuscar
Salva-me, de mim mesma!
Mary Cloe