Resenha do Poema "Preciso Exercitar a Ausência"

Resenhas | Carlos Roberto Ribeiro
Publicado em 02 de Julho de 2024 ás 20h 46min

O poema "Preciso Exercitar a Ausência" explora de forma introspectiva e reflexiva a necessidade de encontrar um espaço de solitude e autoconhecimento em meio à tumultuada vida moderna. A narrativa poética sugere que, em uma sociedade saturada pela conectividade constante e pela superexposição, encontrar momentos de verdadeira ausência torna-se um ato de resistência e autoafirmação.

 

No poema, a ausência é descrita não como uma fuga ou isolamento, mas como um processo intencional de desconexão das vozes externas e internas que distraem o eu essencial. Ao buscar este espaço de silêncio e reflexão, o eu lírico encontra a oportunidade de confrontar suas próprias verdades, inseguranças e sonhos, livre de julgamentos ou influências externas. Esta experiência é apresentada como fundamental para o autoconhecimento e crescimento pessoal.

 

A prática regular da ausência é ressaltada como um exercício que demanda disciplina, mas também oferece ricos benefícios. Ao destacar que estar sozinho não é sinônimo de solidão, o poema redefine a ausência como um momento de fortalecimento interno. Cada instante de separação do mundo externo permite ao eu lírico mergulhar fundo nas próprias emoções e pensamentos, criando uma conexão mais genuína consigo mesmo.

 

A mensagem central do poema é a paradoxal relação entre ausência e presença: é precisamente através da ausência que o indivíduo se torna verdadeiramente presente em sua própria vida. Essa presença se manifesta na autenticidade das escolhas, na clareza da própria verdade e na integralidade do ser. Ao abraçar a prática da ausência, o eu lírico busca uma conexão mais profunda, não apenas consigo mesmo, mas potencialmente com o mundo ao redor, de uma maneira mais significativa e verdadeira.

 

Em resumo, "Preciso Exercitar a Ausência" é um convite poético à introspecção e ao autoencontro. É uma reflexão sobre a importância de desligar-se para encontrar-se, mostrando que, na quietude e solidão, reside uma fonte poderosa de autocompreensão e conexão com a própria essência.

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