Na dança da luz sobre o papel,
um mundo se ergue do preto ao branco,
com cada traço, um segredo a revelar,
e a mão encontra o seu canto.
O regresso à caneta, um ritual,
onde as palavras são sementes lançadas,
que germinam em campos de tinta,
na paisagem das ideias apaixonadas.
Cada curva, uma história a nascer,
cada pausa, um eco do pensamento,
o velho compasso, a folha em brancura,
transforma o tempo em sentimento.
O passado se dissolve na tinta,
o futuro se desenha, livre e pleno,
nas linhas entrelaçadas do agora,
o presente é o fio que enlaça o terreno.
Voltando às origens do escrever,
a arte de traçar, de imaginar,
na caneta, encontro a essência,
do que significa realmente criar.
O regresso à caneta é um renascer,
uma jornada onde a alma é guia,
e em cada palavra, um pedaço do eu,
um reflexo do eterno dia.