Se sabe onde estou, mas não vem,
Entenda, o silêncio também fala,
O interesse se esconde, não chama,
Nas entrelinhas, a verdade se desenha.
A ausência grita em eco profundo,
No vazio das horas, a resposta se forma,
Não busca, não clama, no mundo,
O recado se entende, sem demora.
Onde as sombras descansam, ali estou,
Mas se os passos não se dirigem,
Na indiferença, a mensagem se traduz,
Na distância, o sentimento se dilui.
Se o caminho é conhecido, mas evitado,
A intenção se mostra, clara e nua,
Entre gestos não dados, o destino é selado,
Na ausência, a despedida se insinua.
Assim, na quietude da espera, aprendo,
Que onde não sou procurado, não devo estar,
Na jornada do tempo, me desprendo,
Se não há busca, é hora de caminhar.