Na encruzilhada dos sentidos, pondero,
A natureza da realidade e sua sombra,
O que é concreto e o que é passageiro,
Em um mundo onde a ilusão se esconde.
As sombras dançam com destreza habilidosa,
Distorcendo o que meus olhos veem,
Ou será que o que é real é apenas prosa,
E a ilusão é a essência do que me entretém?
Na mente, os sonhos ganham vida,
Como raios de sol em um dia de chuva,
Mas a realidade, com frequência, é escondida,
Por véus de dúvida que nos envolvem.
Assim, no teatro da existência, atuamos,
Em busca da verdade e do engano,
Navegando pelas águas turvas, caminhamos,
À procura de um porto seguro, não em vão.
Pois na interseção de realidade e ilusão,
A vida se desenrola, misteriosa e profunda,
E, com cada reflexão, encontramos a visão,
De que a verdade e a ilusão se entrelaçam na busca.
Em Poemas Filosóficos. Editora Ações Literárias, 2024