Rabisco nas margens do meu caderno
um traço aqui, outro ali
sem compromisso, sem destino
apenas deixando a caneta fluir.
Linhas curvas, linhas retas
formando um desenho abstrato
sem forma definida, sem pressa
só o prazer de criar, sem fim ou começo.
Rabisco enquanto penso, enquanto sonho
enquanto ouço uma música suave
e deixo a mente vagar, sem fronteiras
como o rabisco, livre e leve.
E quando olho para o que fiz
não vejo apenas um desenho sem sentido
vejo um pedaço de mim, da minha alma
um rabisco que me define, que me revela em um traço colorido.