Rabiscador do Acaso

Poemas | ADAILTON LIMA
Publicado em 20 de Setembro de 2024 ás 19h 00min

RABISCADOR DO ACASO 

 

Quando meu corpo exala inspiração,

Por vezes me perco nas palavras,

Algo impele a dita composição 

Como Barreiras que me travam.

 

Não sou um trovador solitário 

Das trovas fujo sempre da dor

Pois a poesia a de ser o relicário 

Para inspirar poemas de amor.

 

E quando penso na beleza do lírico 

Acordo com a música na mente

Mas esqueço do sonho divino

E a arte não flui novamente.

 

Não sou um poeta em fuga

Só fujo das sandices da vida

E mesmo sem uma alma astuta 

Minha sina já está na escrita.

 

Meus dedos são desatinos 

Que lutam com a natureza 

Em desencontro com o raciocínio 

E da falta de minha destreza.

 

Não sou um escritor prodígio

Que desenha o mundo sem compasso

Consciente, sei que meu destino

É ser um rabiscador do acaso.

 

ADAILTON LIMA

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